sexta-feira, 3 de março de 2017

[RESENHA] A jóia

A jóia
Autora: Amy Ewing
Lançamento: 2015
Editora: LeYa



            “A jóia” é o primeiro livro da série A Cidade Solitária. Muitos anos atrás as quatro famílias fundadoras uniram esforços para construir um muro que protegia A Cidade Solitária do mar revolto que ameaçava seu lar. A realeza liderada pelo Executor e pela Eleitora ocupa o núcleo da cidade, um dos cinco círculos, chamado Jóia. Separados por muros segue-se o Banco, onde localiza-se o comércio; Fumaça, onde ficam as fábricas; Fazenda, local onde cultiva-se a comida e o Pântano, círculo mais afastado da Jóia e mais vulnerável aos riscos externos. Lá vivem os operários dos demais círculos e foi o lar de Violet Lasting antes do diagnóstico.
            Quando as meninas do Pântano chegam à puberdade elas passam por exames de sangue capazes de diagnosticar o gene dos Presságios, classificando-as como substitutas para gerar os filhos da realeza e manter a linhagem real. As duquesas, condessas e ladies da Jóia não podem gerar seus próprios filhos sob a ameaça de morrerem ao dar à luz e as substitutas, treinadas nos internatos dos Portões do Pântano, são adquiridas como lotes no Leilão anual. E assim são tratadas: como propriedade de suas senhoras, sem direito a protestos, sem a oportunidade de rever sua família, perdendo até mesmo seus nomes.
            Violet é um lote muito valioso no Leilão e a saga criada por Amy Ewing começa após sua aquisição pela Duquesa do Lago. Com um ambiente totalmente inédito, repleto de luxo e poder, A Jóia é uma distopia bastante diferente. Fiquei muito surpresa com ideia central do livro. A existência das substitutas, que possuem poderes especiais é totalmente diferente de tudo o que eu já vi. A posição de liderança das mulheres da realeza também é muito interessante e as intrigas que surgem em meio ao jogo de poder dão um toque imponente à trama  mas o que prometia ser um livro eletrizante deixou a desejar em minha opinião.
            Os acontecimentos do livro ocorrem e um curto intervalo de tempo e, por isso, eu esperava uma narrativa beeeeeeem mais detalhada sobre a origem da Cidade Solitária e dos poderes de Violet e suas colegas. Tudo parece muito artificial e eu não consegui embarcar na estória. Não consegui me “integrar” a trama e acho que a economia na descrição foi responsável por isso. Talvez a autora tenha intencionado deixar a narrativa mais dinâmica, mas considero que ela não soube dosar muito bem essa parte. Além disso, considero como ponto negativo a forma como o romance surgiu. Tudo fica muito corrido e a construção do relacionamento entre Violet e seu amado fica mal feita e sem conexão com a estória. Outra coisa que me incomodou bastante foi a capa. Quando bate os olhos nela imaginei de cara um romance de época e me enganei lindamente. O pior é que nas 50 primeiras páginas imaginei pelo menos 3 capas diferentes que tinham tudo a ver com a estória. Não gostei.
            Eu confesso que, ao longo da leitura muitas vezes pensei em desistir do livro, mas o que me motivou, além da indicação que já tinha recebido, foram as relações de amizade que vão surgindo ao longo da estória. Eu fiquei apaixonada pela Anabelle. Ela é sem dúvida a minha personagem preferida e eu, sincermanete, gostaria muito de ler um spin-off sobre o passado dela (por favor Amy Ewing, nunca te pedi nada!!). Outro personagem intrigante é o Garnet. Fiquei de olho nele assim que ele é apresentado e criei muita expectativa sobre ele, portanto, posso dizer que ele foi muito importante para me prender à leitura até o fim.

            De uma forma geral o livro não me empolgou tanto, dei apenas 3,5 estrelas no Skoob, mas como existem pelo menos mais dois livros como continuação, talvez a autora se redima. Agora estou lendo “A rosa branca”, livro 2 publicado em português também pela LeYa. Vamos ver como fica essa estória...

3 comentários:

  1. Oi
    Tudo bem?

    Confesso que quando comecei a ler a sua resenha eu não fui muito com a cara da proposta do livro, rs.
    E quando voce falou das suas impressões acho que ja sei o que pensaria desse livro kkk.
    Mas a capa é muito linda.


    Meu mundinho quase perfeito

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    Respostas
    1. Pois é Babi. Eu não consegui amar esse livro e olha que ele é super bem votado no Skoob. Estou lendo a continuação. Vamos ver no que dá!

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