quarta-feira, 29 de março de 2017

[RESENHA] Joana e Maurício

Título: Joana e Maurício
Autora: Ingraínne Marques
Ano: 2015
Editora: Buriti

        Oi gente!!!!

        No post de hoje vou contar para vocês o que eu achei do livro "Joana e Maurício". Eu recebi esse livro através do grupo "Livro Viajante" do Skoob (Lembra que eu já falei desse grupo AQUI para vocês?). Escolhi o título por 2 motivos: Primeiro é um livro nacional. Um dos objetivos desse ano era ampliar a minha leitura dos nacionais. Segundo, eu quis utilizar o espaço do grupo para ter contato com livros diferentes e pouco conhecidos. Espero que vocês gostem da resenha!


Sinopse: A história de um amor perdido no tempo, um amor que, sim, pode ser medido em palavras. Joana e Maurício são duas pessoas pertencentes a realidades sociais distintas, inseridas no meio de uma guerra que jamais é datada. A única semelhança entre eles é a idolatria pelo poema e, diante disso, os dois, ainda jovens, começam a trocar cartas. Cartas que mais parecem desafios, mas que com o tempo se tornam a narração perfeita para aqueles que nunca souberam conversar como a sociedade exige. Joana é a mulher que pode ser definida como a incógnita: ora feminista, ora conformada, talvez ela seja a clássica personificação da bipolaridade feminina. Maurício, por outro lado, é o idealista cego que desiste inúmeras vezes pelo caminho – só para perceber que é covarde demais para,  simplesmente, desistir.



      O livro é inteiramente escrito na forma de cartas trocadas entre Joana e Maurício. Todas as cartas são recheadas com poesias e refletem algo de filosófico, reflexivo e introspectivo nos personagens. Poesia não é o meu gênero favorito  (Na verdade, eu não gosto mesmo - Me julguem!!!). Mas me arrisco a ler vez por outra. Talvez para os leitores mais familiarizados com o tema essa seja uma leitura mais prazerosa, mas a verdade é que eu não gostei muito do livro.
     A ausência de uma localização clara no tempo me incomodou muuuuito. Joana cita uma guerra nas cartas, mas não há qualquer indicativo de qual guerra pode ser. Não fica claro se trata-se de uma guerra mundial ou de uma incursão dos dias atuais. O vocabulário rebuscado dos personagens também traz pouca indicação sobre o tempo escolhido, uma vez que logo no início ambos deixam claro que escrevem as cartas usando termos mais ricos apenas por diversão ou meramente senso de oportunidade.
      Outra coisa que não gostei foi que não ficou claro para mim a personalidade de cada um dos personagens. Em minha opinião, todas as cartas parecem ser escritas pela mesma pessoa! Não foi muito bem explorado que Joana teria uma forma de escrever diferente de Maurício. Se não houvesse a saudação no início, seria impossível saber quem estava escrevendo. Já li outro livro nesse formato de cartas: "Querida Sue" e nele fica óbvio que está escrevendo, mesmo que não houvesse saudação ou assinatura. As personalidade de Sue e David são muito bem exploradas, cada um com seus medos e anseios. 
       O que gostei foi a treta final (hahaha não tinha outra palavra para expressar). Gostei do mistério que ficou no ar ao estilo Machado de Assis em Dom Casmurro. E também de algumas passagens das cartas como por exemplo o "duradouro" que foi tantas vezes repetido. Duradouro, duro como ouro. Gostei de pensar nessa palavra dessa forma. Duro como ouro, duradouro. Não é eterno, visto que pode ser derretido pelo fogo, mas é valioso se bem cuidado.
        O livro é fininho e pode ser facilmente lido em um único dia. A capa ficou lindo também. Eu posso estar sendo injusta com a autora, já que não sou muito fã de poesia, mas eu dei apenas 2 estrela no Skoob. Não deixo de recomendar a leitura, acredito que eu fui um pouco rígida na avaliação, mas também não ponha a expectativa lá em cima.

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