Autora: Amy Ewing
Lançamento: 2015
Editora: LeYa
“A
jóia” é o primeiro livro da série A Cidade Solitária. Muitos anos atrás as
quatro famílias fundadoras uniram esforços para construir um muro que protegia A
Cidade Solitária do mar revolto que ameaçava seu lar. A realeza liderada pelo
Executor e pela Eleitora ocupa o núcleo da cidade, um dos cinco círculos,
chamado Jóia. Separados por muros segue-se o Banco, onde localiza-se o
comércio; Fumaça, onde ficam as fábricas; Fazenda, local onde cultiva-se a
comida e o Pântano, círculo mais afastado da Jóia e mais vulnerável aos riscos
externos. Lá vivem os operários dos demais círculos e foi o lar de Violet
Lasting antes do diagnóstico.
Quando
as meninas do Pântano chegam à puberdade elas passam por exames de sangue
capazes de diagnosticar o gene dos Presságios, classificando-as como
substitutas para gerar os filhos da realeza e manter a linhagem real. As
duquesas, condessas e ladies da Jóia não podem gerar seus próprios filhos sob a
ameaça de morrerem ao dar à luz e as substitutas, treinadas nos internatos dos
Portões do Pântano, são adquiridas como lotes no Leilão anual. E assim são
tratadas: como propriedade de suas senhoras, sem direito a protestos, sem a
oportunidade de rever sua família, perdendo até mesmo seus nomes.
Violet
é um lote muito valioso no Leilão e a saga criada por Amy Ewing começa após sua
aquisição pela Duquesa do Lago. Com um ambiente totalmente inédito, repleto de
luxo e poder, A Jóia é uma distopia bastante diferente. Fiquei muito surpresa
com ideia central do livro. A existência das substitutas, que possuem poderes
especiais é totalmente diferente de tudo o que eu já vi. A posição de liderança
das mulheres da realeza também é muito interessante e as intrigas que surgem em
meio ao jogo de poder dão um toque imponente à trama mas o que prometia ser um livro eletrizante
deixou a desejar em minha opinião.
Os
acontecimentos do livro ocorrem e um curto intervalo de tempo e, por isso, eu
esperava uma narrativa beeeeeeem mais detalhada sobre a origem da Cidade
Solitária e dos poderes de Violet e suas colegas. Tudo parece muito artificial
e eu não consegui embarcar na estória. Não consegui me “integrar” a trama e
acho que a economia na descrição foi responsável por isso. Talvez a autora
tenha intencionado deixar a narrativa mais dinâmica, mas considero que ela não
soube dosar muito bem essa parte. Além disso, considero como ponto negativo a
forma como o romance surgiu. Tudo fica muito corrido e a construção do
relacionamento entre Violet e seu amado fica mal feita e sem conexão com a
estória. Outra coisa que me incomodou bastante foi a capa. Quando bate os olhos
nela imaginei de cara um romance de época e me enganei lindamente. O pior é que
nas 50 primeiras páginas imaginei pelo menos 3 capas diferentes que tinham tudo
a ver com a estória. Não gostei.
Eu
confesso que, ao longo da leitura muitas vezes pensei em desistir do livro, mas
o que me motivou, além da indicação que já tinha recebido, foram as relações de
amizade que vão surgindo ao longo da estória. Eu fiquei apaixonada pela
Anabelle. Ela é sem dúvida a minha personagem preferida e eu, sincermanete,
gostaria muito de ler um spin-off sobre o passado dela (por favor Amy Ewing,
nunca te pedi nada!!). Outro personagem intrigante é o Garnet. Fiquei de olho
nele assim que ele é apresentado e criei muita expectativa sobre ele, portanto,
posso dizer que ele foi muito importante para me prender à leitura até o fim.
De
uma forma geral o livro não me empolgou tanto, dei apenas 3,5 estrelas no
Skoob, mas como existem pelo menos mais dois livros como continuação, talvez a
autora se redima. Agora estou lendo “A rosa branca”, livro 2 publicado em
português também pela LeYa. Vamos ver como fica essa estória...
Oi
ResponderExcluirTudo bem?
Confesso que quando comecei a ler a sua resenha eu não fui muito com a cara da proposta do livro, rs.
E quando voce falou das suas impressões acho que ja sei o que pensaria desse livro kkk.
Mas a capa é muito linda.
Meu mundinho quase perfeito
Pois é Babi. Eu não consegui amar esse livro e olha que ele é super bem votado no Skoob. Estou lendo a continuação. Vamos ver no que dá!
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